A vila romana de Torre de Palma dá o mote para este enoturismo de charme no meio do Alentejo
Nada fazia prever que uma simples procura de casa de férias no Alentejo terminasse na criação de um projeto de enoturismo, mas foi assim mesmo que o Torre de Palma Wine Hotel surgiu – quando a família Rebelo, de Coimbra, adquiriu uma propriedade de 1338, abandonada no meio de Monforte.

Uma remodelação necessária
Depois de uma profunda remodelação, respeitando a traça original do edifício, em 2014 abriram as portas do Torre de Palma Wine Hotel com 19 quartos, piscina exterior e interior, Spa, um centro equestre e um restaurante.
Ao mesmo tempo, decorria a plantação da vinha em torno da casa principal. Sete hectares com sete castas exclusivamente nacionais: Alvarinho, Antão Vaz, Arinto, Alicante Bouschet, Tinta miúda, Touriga Nacional e Aragonês.


A construção da adega terminou em 2017, altura em que o primeiro vinho Torre de Palma foi revelado.
A enologia ficou a cargo de Duarte de Deus, que trabalha as castas com mínima intervenção na adega, extraindo as suas melhores características.
A gama Reserva da Família é aquela que melhor representa o projeto Torre de Palma pois transmite a união e dedicação da família Rebelo a este território.

A gama Reserva da Família é aquela que melhor representa o projeto Torre de Palma pois transmite a união e dedicação da família Rebelo a este território.
Mas outros vinhos como o Musas e Basili, são igualmente especiais pois retratam um pouco da história e personagens da vila romana de Torre de Palma, a alguns metros da herdade.
Esta vila foi habitada entre o séc. I e XIII e considerada de grande importância na época, por se situar no trajeto entre Mérida e Lisboa. Aqui foram encontrados surpreendentes vestígios de vinha e produção de vinho.

Também o hotel vínico Torre de Palma foi em tempos uma casa agrícola, onde vivia e trabalhava muita gente, herança que a família Rebelo quis manter presente.
As habitações dos trabalhadores são hoje os quartos de hóspedes cuidadosamente decorados por Rosarinho Gabriel, a Casa do Forno tornou-se palco de eventos gastronómicos e a adega tomou o lugar de um antigo armazém.
Chamam-lhe “Catedral”, pela dimensão e importância que a adega tem para Torre de Palma.
Parte da adega tem uma arquitetura moderna e bastante funcional, permitindo que as barricas descansem numa sala subterrânea e naturalmente fresca, ao som de música pop.
A outra parte é mais tradicional com lagares de mármore da região onde, na vindima, se faz pisa a pé, uma das atividades em que os visitantes mais gostam de participar!
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