Cozinha da América Latina: 23 restaurantes obrigatórios, em Lisboa e no Porto

A experimentar

Do México à Argentina, viagem por 13 restaurantes, de Lisboa e do Porto, entre tacos, ceviches, empanadas e acarajés.

LISBOA

1. Acarajé da Carol

A história da baiana Carol Brito, 40 anos, tornou-se mais visível quando, há seis anos, abriu o restaurante Acarajé da Carol, no Bairro Alto, em Lisboa. Passado este tempo, a falta de espaço para receber os clientes e a cozinha pequena levaram-na a apostar numa segunda morada, na Rua de Santa Marta, junto ao Marquês de Pombal. Nesta nova e espaçosa casa, inaugurada a 2 de julho, data em que se celebrou o Bicentenário da Independência da Bahia, há três salas, cada uma pensada para diferentes momentos do dia, de uma refeição completa a um simples encontro para ver um jogo de futebol.

Sobre a especialidade acarajé, o “bolinho” feito de massa de feijão-fradinho, cebola e sal, e frito em azeite de dendê, Carol (que pertence à Associação Nacional das Baianas de Acarajé) explica ser “uma comida afro-brasileira com muita história e significado”. A este petisco, servido à unidade (€9 com camarão, €8 sem camarão) ou no prato (€10), junta-se a conhecida moqueca de camarão e, ao domingo, a feijoada à brasileira, entre outras iguarias com sabor do Brasil. R. de Santa Marta, 78, Lisboa > T.  21 357 0946 > seg-dom 12h-15h, 18h-22h30 > R. da Rosa, 63, Lisboa > T. 21 342 1073 > ter-sex 17h-23h, sáb 13h-23h, dom 13h-18h

2. Tinto&Brasa

A carne vem da região de La Pampa, próximo de Buenos Aires. Foto: Luís Barra

Para quem aprecia boa carne, o restaurante argentino Tinto&Brasa, aberto em março de 2022, perto do Jardim das Amoreiras, em Lisboa, é um regalo para as papilas gustativas. “Compramos a carne a um criador na região de La Pampa, próximo de Buenos Aires, onde existem as melhores carnes”, explica o proprietário, Emanuel Diaz, nascido na capital argentina há 44 anos. De Salta à Tierra del Fuego, a ementa inclui o melhor desta gastronomia: empanadas, queijos fundidos, chouriços e morcelas e os cortes de carnes da raça de bovinos Black Angus.

Desde coração de alcatra (€17) a entranha fina (€19) e picanha (€21), passando pelo bife de chorizo (vazia, €23), lombo (€25,50) e entrecôte (€25), tudo chega à mesa grelhado na perfeição. “Aconselhamos no ponto médio mal, mas deixamos à escolha do cliente”, diz Emanuel. Para começar, além das empanadas, há que experimentar as mollejas (glândula do boi), iguaria típica das parrillas argentinas, um verdadeiro petisco. Durante a semana, é servido o menu de almoço (€18, entrada, prato principal e sobremesa), com pratos argentinos. R. João Penha, 30, Lisboa > T. 21 387 0939 > ter-sáb 12h30-15h, 19h-22h30, dom 12h30-15h

3. Paco Bigotes

 

No México, tudo gira à volta da mesa, seja a conviver, seja a cozinhar, seja a comer. Esta é uma das lições que aprendemos com Natasia Ocejo, 34 anos, na novíssima taqueria Paco Bigotes, em frente à Igreja de São Roque, em Lisboa. “Da ementa à decoração, não esquecendo o serviço, quisemos replicar tudo o que fazemos na nossa taqueria, aberta há quatro anos, em São Pedro do Estoril”, explica a proprietária natural da Cidade do México. Convém dizer que na Linha é um êxito, com casa sempre cheia. Às cadeiras coloridas, às toalhas de mesa florais e ao mural pintado com diversos símbolos mexicanos juntam-se o guacamole feito ao momento, as tostadas, os ceviches e os tacos.

De Acapulco chega a receita da tostada Pacífico (€9), com polvo e camarão em molho agridoce, pico de gallo e abacate; já da costa da Baixa Califórnia destaca-se o taco ensenada (€7,50), feito com tempura de robalo com pickle de couve-roxa e chipotle mayo. Tudo isto pode (e deve, acrescente-se!) acompanhar com uma margarita, um mescal, uma tequila ou uma das cervejas mexicanas, onde se destaca a clamato (€6), enriquecida com lima, salsa de tomate e uma mistura de especiarias. É com a barriga cheia e o coração feliz, frase que pode ler-se numa das paredes, que saímos do Paco Bigotes, com a promessa de voltar em breve. R. da Misericórdia, 139, Lisboa > T. 21 050 0249 > ter-dom 12h-23h30; R. Nunes dos Santos, lote C, anexo, S. Pedro do Estoril > T. 21 407 6708 > ter-dom 12h-23h30

Continue a ler o artigo em Visão.

Últimas