Plataforma Viiafood já executou 30% do investimento previsto em inovação

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A Viiafood, uma plataforma que visa promover a transformação do setor agroalimentar, já executou 30% do investimento em inovação e 20% em investigação, de um total de quase 120 milhões de euros, disse à Lusa o responsável pelo projeto.

Em declarações à Lusa, à margem da primeira apresentação de produtos desenvolvidos ao abrigo daquela plataforma, no Porto, o presidente do conselho de gestão da Viiafood, Marlos Silva, salientou o “bom andamento” do projeto.

O consórcio VIIAFOOD tem por base o Pacto de Inovação VIIAFOOD com o objetivo de “impulsionar a transformação do setor alimentar português e aumentar a competitividade das empresas nacionais” e representa um investimento global de cerca de 120 milhões de euros, com um incentivo aproximado de 57 milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), dividindo-se entre inovação produtiva e investigação e desenvolvimento.

Ao todo, estão envolvidas 49 entidades, 29 empresas de diferentes áreas do setor alimentar e 20 entidades do Sistema Científico e Tecnológico Nacional, associações do setor e laboratórios colaborativos com competências nas áreas de I&D aplicadas à área alimentar.

“Para um investimento de quase 120 milhões de euros, na parte da inovação produtiva, tudo o que tem a ver com indústria, já executamos 30% do total e na parte de investigação e desenvolvimento a execução está a chegar aos 20%”, revelou Marlos Silva.

Segundo o responsável, ao abrigo do Viiafood é esperado que se desenvolvam “mais de 300 produtos desde bebidas alcoólicas, chocolates a bolachas”.

“Olhamos sempre para uma noção de inovação de um produto sempre mais saudável, com diminuição de ingredientes mais nocivos e sempre produtos mais sustentáveis na composição e sobretudo na embalagem”, disse.

Como exemplos, Marlos Silva apontou “uma cerveja com 0% de álcool, que tem uma embalagem completamente diferente, mais sustentável no sentido da reutilização, um serviço digital de entregas rápidas, amêndoas que são mais saudáveis ou bolachas mais saudáveis e sustentáveis”.

Marlos Silva reconheceu a “importância do financiamento” da verba do PRR, mas salientou que “não foi fundamental” n criação e execução da Viiafood: “As primeiras discussões foram ainda durante a pandemia, 2020, com o objetivo de pensar um projeto transformador do setor agroalimentar”, disse.

“Transformador no sentido de o tornar, através dos produtos mais inovadores, mais resiliente, mais sustentável e mais preparado para os desafios da digitalização e a grande oportunidade que aproveitamos como consórcio foi a Agenda para o Agroalimentar do PRR, mas este projeto vai perdurar além do PRR e avançaria sem o PRR”, explanou.

O Viiafood, referiu, “contempla investimentos em vários concelhos do país, como Vila do Conde, Vila Nova de Famalicão, Arouca, Almeirim, investimentos em unidades produtivas, fabris, de investigação, que trazem não só a inovação, o produto através de processos energeticamente mais eficientes, como o tornam o produto de uma forma geral mais sustentável”.

Outro ponto salientado pelo responsável foi a criação de emprego que o projeto prevê: “O Viafood, diretamente, vai criar quase 300 empregos, metade deles altamente qualificados e com a vantagem de serem espalhados pelo país”, apontou.

A plataforma Viiafood é liderada pela Sonae MC e conta com a coordenação da PortugalFoods e tem como prazo final de execução dezembro de 2025.

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