Quinta da Côrte

A experimentar

Quinta da Côrte: vá com tempo e calma, para poder desfrutar de todos os encantos deste enoturismo no Douro

A história de um francês que se apaixona pelo Douro e adquire uma vinha, já não é bem novidade. Mas este francês, de seu nome Philippe Austruy, teve a sorte de lhe cair nas mãos a Quinta da Côrte.

Não só escolheu uma propriedade com 31 hectares que abrigava já uma vinha centenária e outras nos seus 40 anos, como uma casa e uma adega, também elas com mais de um século.
O rio mostra-se timidamente lá ao fundo, mas a paisagem de vinha preenche todo o cenário de uma forma como só o Douro sabe fazer.

Após adquirir a propriedade em 2013, começaram as obras de recuperação da casa, já com intenção de adaptar a hotel e receber hóspedes.
Ao mesmo tempo, deu-se a construção de uma nova adega que pudesse dedicar aos vinhos DOC Douro, deixando a adega velha para fazer o ex-libris da região, os vinhos do Porto.

Ajuda preciosa…

Austruy teve duas preciosas ajudas em todo este processo e – depois de ficar hospedada num dos quartos da Quinta da Côrte e provar os seus vinhos – posso afirmar que são base do sucesso deste projecto.

Contratou o designer de interiores francês Pierre Yovanovitch para criar um ambiente de inspiração duriense, ao mesmo tempo moderno e rural, fazendo os hóspedes sentirem-se verdadeiramente em casa em todas as área do hotel.
Yovanovith encarregou-se também de todo o conceito da nova adega que além de muito funcional é também bonita e esteticamente coerente com os outros espaços da quinta.

O que me leva a falar da segunda pessoa que faz da Quinta da Côrte uma marca especial: a enóloga Marta Casanova. Uma duriense de gema, que acompanha o projecto desde o dia zero.
Marta sente que teve total liberdade para criar os vinhos da quinta, tanto no caso dos DOC Douro – que são elaborados com a colaboração do enólogo Stéphane Derenoncourt – como dos Vinhos do Porto que são total responsabilidade sua.

Nunca menos que dois dias na Quinta da Côrte

Passei dois dias na Quinta da Côrte e recomendo que não faça menos que isso. Isto porque a quinta deve ser vivida com calma, na tranquilidade que os socalcos e os montes transmitem e porque existem muitos recantos diferentes por explorar.

Um dia na Quinta da Côrte deve começar cedo e com um belo pequeno-almoço servido na sala da lareira do edifício principal, junto à biblioteca. Nos dias de Inverno, imagino o quentinho da chamas a aconchegar logo de manhã.

Continue a ler o artigo em Entre Vinhas.

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