Ana Moura, chef: “Muitas vezes nem respeito as receitas tradicionais, mas sim os sabores”

A experimentar

Cresceu em Lisboa e passou parte das férias de infância em Porto Covo, onde fez da cozinha alentejana a sua especialidade com a abertura do restaurante Lamelas, uma referência sofisticada nestas bandas. Fomos até lá.

“Uma senhora daqui disse-me que o restaurante não ia sobreviver se não mantivesse a grelha e o peixe grelhado”, conta Ana Moura, chef e proprietária do Lamelas, em Porto Covo, por ocasião da nossa visita. Depois de um almoço imerso em sabores do Alentejo, conversávamos sobre as mudanças que o restaurante tinha sofrido antes da sua abertura, por conta do equipamento inadequado, e como a grelha na varanda agora servia, exclusivamente, de elemento decorativo.

Porto Covo insere-se, embora cada vez menos, no grupo de típicas povoações de pescadores que emergem do seu sono e brotam de vida nos meses mais quentes do ano, testemunhando as férias dos visitantes. Era ali que a chef de 38 anos passava as suas, em criança, de pé descalço e a brincar na rua. Era a terra do seu avô materno, este pedaço do litoral alentejano, e que serviu de inspiração para o nome do seu primeiro restaurante em nome próprio: Lamelas, o apelido materno. O projeto surgiu um pouco por acaso, explica Ana Moura, que estava, mais uma vez, ali de férias quando os donos de um estabelecimento lhe perguntaram se ela estava interessada num espaço. “Gostei principalmente da cozinha aberta.”

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