Ranicultura: a resposta ao mercado de pernas de rã

A experimentar

O mercado global de pernas de rã envolve o uso de milhares de milhões de animais anualmente, sendo a grande maioria ainda capturados diretamente da natureza para satisfazer o apetite dos consumidores. A maioria dos mercados consumidores encontra-se na Ásia, no entanto, atualmente a Europa e os Estados Unidos são os maiores mercados importadores deste produto. Na Ásia, muitos países possuem indústrias domésticas de produção de rãs em regimes intensivos (ranicultura), capazes de satisfazer uma grande porção da procura interna, algo que até hoje ainda não foi replicado no mundo ocidental. Apesar de existirem vários entraves para a indústria se desenvolver na Europa, a ranicultura apresenta-se como uma alternativa sustentável e necessária, não só para proteger as populações de rãs selvagens, mas também para garantir a preservação desta atividade gastronómica.

INTRODUÇÃO

Sabemos que os apetites e preferências culinárias das pessoas de todo o mundo estão fortemente contextualizados não só na cultura gastronómica em que se inserem, mas também pelo que a natureza tem a oferecer. Existem vários pratos tradicionais que poderemos considerar estranhos, mas quando paramos para pensar, as pessoas que historicamente dependeram dessas refeições apenas estariam a aproveitar-se do que a terra lhes providenciava, e num mundo em que o dia de amanhã não é uma garantia, não se pode ser esquisito com o que se come. De um modo geral, há muitos poucos animais que ao longo da história da humanidade não se tenham chamado de pitéu, e nesse sentido as rãs não são exceção (Figura 1).

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