A existência de stocks elevados poderá pôr em causa a estabilidade do mercado quando se antecipa que a próxima vindima possa ser “generosa”. Medida aplicar-se-á apenas aos vinhos DO e IG tintos e rosados.
Portugal tem estado a negociar com a Comissão Europeia a possibilidade de promover uma destilação de crise, financiada por meios comunitários, de modo a escoar o mercado de vinhos excedentários. Em causa poderão estar mais de 40 milhões de litros em stock, em regiões como Lisboa, Alentejo e Douro, o que está a preocupar o setor. Negociações com Bruxelas estão “muito bem encaminhadas”, abrangendo apenas os vinhos tintos e os rosados com Denominação de Origem (DO) e Indicação Geográfica (IG).
O excesso de vinho no mercado não é um exclusivo nacional. O pedido de negociação de uma operação de destilação de crise partiu de Portugal e França, e foi secundada por Espanha e Itália. Diz quem sabe que a situação não foi fácil de negociar, atendendo a que os franceses se dispunham a suportar a retirada de excedentes com fundos nacionais.