As alterações climáticas podem levar nas próximas décadas à extinção de várias espécies de bivalves de água doce da Península Ibérica. O alerta é dado num artigo científico coordenado por Janine P. da Silva e Ronaldo Sousa, do Centro de Biologia Molecular e Ambiental (CBMA) da Escola de Ciências da Universidade do Minho, e de Ana Filipa Filipe, do Centro de Estudos Florestais do Instituto Superior de Agronomia, agora [doi.org/10.1016/j.scitotenv.2023.163689] publicado na conceituada revista “Science of the Total Environment”.
A investigação revela que espécies de bivalves nativas e com distribuição geográfica restrita enfrentam um risco acrescido, dada a drástica diminuição de condições climáticas necessárias à sua sobrevivência prevista para as próximas décadas. “Algumas destas espécies são endémicas da Península Ibérica e o seu desaparecimento empobrece a biodiversidade global”, avançam os investigadores. Por outro lado, mesmo as espécies com distribuições mais alargadas deverão experienciar declínios significativos, com extinções locais em diversas regiões, que podem torná-las ameaçadas e reduzir a sua variabilidade genética.
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