João Paulo Martins revela os segredos do setor vitivinícola
Estava eu em São Paulo quando alguém me perguntou o que achava dos Douro Boys. Fiquei completamente encavacado porque não sabia do que se tratava. Chutei para canto e tratei rapidamente de fazer uns contactos para então perceber que o nome se referia a um grupo de produtores do Douro, criado dias antes, que se ligaram para que a promoção conjunta resultasse melhor do que esforços individuais. Juntaram-se Vale Meão, Valado, Niepoort, Quinta do Crasto e Cristiano van Zeller, à data na Quinta Vale D. Maria e agora a representar a Van Zellers. A ideia foi brilhante, em grande parte mérito de Dorli Muhr (uma austríaca, portuguesa de coração…) que, há uma semana, promoveu, nas caves da Niepoort em Gaia, uma prova verdadeiramente única dos vinhos do Porto mais antigos que estes produtores têm, bem como provas de vinhos do Douro já há muito esgotados no mercado. Duas décadas passadas autorizam que se conclua que este grupo fez mais pelos DOC Douro (e, claro, pelo Vinho do Porto) do que muita ‘pub’ até então feita.