Do Quetzal à Herdade da Lisboa, prazeres escondidos a sul

A experimentar

Almoçar neste restaurante e terminar com uma prova de vinhos na adega da casa vinícola não só é um excelente programa de fim de semana como começa a apetecer com mais urgência nos primeiros dias de sol.

Começamos pelo óbvio: a paisagem. Ambos os destinos têm vista para a esplendorosa Serra do Mendro, que separa o Alto do Baixo Alentejo e pertence à unidade geomorfológica mais antiga da Península Ibérica. Uma visão cinematográfica, é essa que temos tanto da varanda do restaurante Quetzal, como das varandas da Herdade da Lisboa, embora de perspetivas diferentes. Situamo-nos entre Vila de Frades e Selmes, duas freguesias que fazem parte do município da Vidigueira, no baixo Alentejo interior.

É na Estrada das Sesmarias, em Vila de Frades, que encontramos o primeiro. Um projeto que alia vinhogastronomia e arte. Além de exposições rotativas que se desenrolam no piso inferior da quinta, ao entrarmos batemos com os olhos numa loja com exemplares da cultura alentejana, como barros e produtos em madeira, mas sobretudo os vinhos da família Quetzal. Já no restaurante, imediatamente à direita, batemos com os olhos num painel de azulejos que é uma imagem de marca do espaço –produzido na Fábrica de Cerâmica Viúva Lamego – e com a tal vista de cortar a respiração, sobre as vinhas da propriedade e uma grande oliveira no cimo de um pequeno cume.

O chef, João Mourato.
O chef, João Mourato.Foto: Quinta do Quetzal

À mesa, espera-nos um almoço pautado pela cozinha alentejana, onde se incluem deliciosas entradas como pastéis de queijo de Serpa (€12), raviólis de caça, cogumelos e espargos (€16), ou tomatada de pato e ovo a baixa temperatura (€12), tudo pensado pelo chef João Mourato, para homenagear as tradições desta região e estabelecer a ligação certa com os produtores locais. O mais surpreendente? Cantarelos silvestres numa espécie de bulhão pato, uns cogumelos que são típicos da região. A este ponto já provámos o fresquíssimo Verdelho Quinta do Quetzal, criado a partir de uvas de um talhão localizado nas partes mais baixas da quinta, surpreendentemente sintonizado com estes primeiros pratos. Na fase seguinte – disclaimer para dizer que este é daqueles sítios para se deixar estar sem pressas – provamos o Quetzal Cabernet Sauvignon, um vinho rico e guloso, que casa na perfeição com qualquer um dos pratos seguintes: entrecôte, chimichurri e batata (€29), borrego assado, puré de cenoura, espinafres e molho de hortelã (€22), arroz de favas e cachaço de porco alentejano assado (€22) ou arroz de perdiz (€48 para duas pessoas). (…).

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