Com um novo plano estratégico em mira, o recém-confirmado líder da ViniPortugal fala em grandes dificuldades de rentabilidade das empresas e promete estudar soluções.
Os “ataques dos fundamentalistas antiálcool” e as “graves dificuldades” que o aumento dos custos de produção criaram à rentabilidade do setor do vinho, constituído maioritariamente por micro e pequenas empresas, são os maiores desafios com que a fileira se confronta, acredita o presidente da ViniPortugal. Frederico Falcão acaba de ser reeleito para um segundo mandato à frente da instituição responsável pela promoção internacional dos Vinhos de Portugal e promete lançar, em breve, um inquérito às empresas para perceber a “realidade económica” do setor e que tipo de medidas são necessárias.
“Houve um aumento muito grande dos custos de produção, sobretudo nas garrafas, e que se mantém, apesar do preço da energia ter abrandado. É um problema grave e que está a pôr em causa a viabilidade económica de muitas empresas”, admite este responsável. Questionado sobre a dimensão do problema, Frederico Falcão fala em situações de duplicação de preços, “e às vezes até mais do que isso”, e que as empresas mais pequenas “não conseguem repercutir no preço final”. O inquérito ao setor permitirá perceber a real dimensão do problema, acredita.
Quanto às campanhas contra o consumo de álcool, o presidente da ViniPortugal alerta para os “ataques de fundamentalistas, desprovidos de qualquer base científica”, e que começam a criar barreiras comerciais, “seja através de impostos ou de outras limitações à importação, venda e promoção de vinhos”. (…).
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