Na Adega Quanta Terra, em Favaios, o vinho funde-se com a arte. Depois de o espaço recuperado da antiga destilaria da Casa do Douro ter recebido durante alguns meses de 2022 a exposição de Joana Vasconcelos, agora é a vez de dar a conhecer a obra da artista plástica holandesa Leni van Lopik.
A adega dos renomados enólogos Jorge Alves e Celso Pereira é agora palco de uma exposição da artista plástica Leni Van Lopik, que já está patente desde o início de Fevereiro e irá decorrer até ao final de Outubro de 2023. «Cor do Douro» dá nome à exposição da artista que desde 1982 é uma apaixonada pelo Douro e por Portugal, e onde fixou residência permanente há 23 anos.
No total, são 11 as obras de arte que, durante oito meses, vão estar patentes nos espaços da Quanta Terra, vencedora global do prémio Best of Wine Tourism 2023 (categoria Arte e Cultura). Todas as peças são produzidas a partir de materiais naturais/orgânicos, como folhas de eucalipto, bugalhos e pedras, quase sempre recolhidos durante as suas caminhadas pelos socalcos durienses, região onde reside há 23 anos.
«O processo de reabilitação e recuperação da Quanta Terra mostrou-nos um espaço demasiado valioso para ficar circunscrito a visitas e provas de vinhos. Entendemos, desde logo, que a arte teria aqui uma simbiose perfeita com o nosso negócio de produção de vinhos e que uma com o outro refletiriam aquilo que colocamos todos os dias no nosso trabalho: fazer vinhos únicos e diferenciadores, para serem apreciados e desfrutados», adianta Celso Pereira, um dos fundadores da Quanta Terra.



«Trazer a Joana Vasconcelos a Favaios foi obra, mas correu muito bem e ultrapassou todas as nossas expetativas! A Leni é a melhor sucessora que poderíamos ter. Uma holandesa completamente apaixonada por Portugal e pelo Douro, com uma obra que transparece essa inspiração que a nossa região lhe transmite. Estamos plenamente convencidos que esta exposição será uma mais-valia enorme para o turismo na região», acrescenta Jorge Alves, o outro responsável pela marca Quanta Terra.
O artigo foi publicado originalmente em Maria João de Almeida.