Nuno Pereira é da terceira geração da família que mantém viva a tradição de enterrar o vinho no chão das adegas em Boticas e quer pôr no mapa a marca que o pai registou há 15 anos.
O vinho dos mortos é o vinho que os de Boticas enterravam no chão em terra batida — saibro — das adegas. A tradição remonta a 1808, quando as tropas do marechal Soult passaram por aquele território, cumprindo o plano de Napoleão de entrar em Portugal pelo Norte, e o povo, astuto, escondeu o vinho. Os Sousa Pereira são hoje (e há já alguns anos) os únicos a fazê-lo. O
Vinho dos Mortos tem nova imagem e Nuno Pereira, terceira geração da família a produzir vinho (pensa que actividade terá começado com o avô), quer mostrar para lá das fronteiras de Boticas a marca que o pai registou em 2008.
O gestor de 42 anos, formado em Informática de Gestão (a sua principal ocupação é na empresa de software de gestão de que é sócio), lembra-se de “em pequenino”, o pai, Armindo, o “enfiar para dentro das pipas para as lavar”. Sempre esteve nas vindimas, conhece bem a vinha e a adega, apesar de viver em Braga. O Vinho dos Mortos está na sua história.