Os fornos a lenha vão-se acender no dia 10, na sede do grupo “Os Baldas”, em Vale de Ílhavo, para mostrar como se faz o folar tradicional e a confeção artesanal do pão.
É o início da Festa do Pão de Ílhavo, que a Associação Cultural e Recreativa “Os Baldas” e a Associação Cultural e Recreativa “Os cardadores de Vale de Ílhavo realizam, organizada pela câmara municipal, convidando a meter “a mão na massa e a ouvir os “Contos e cantigas que enchem barrigas”, de Alda Casqueira.
A festa transfere-se, depois, para o Jardim Henriqueta Maia, no centro de Ílhavo, com um programa de animação e uma componente gastronómica e expositiva, onde, até dia 19, podem ser adquiridas as padas de Vale de Ílhavo.
Vale de Ílhavo é uma povoação rural que já teve muitos moinhos a trabalhar e produção cerealífera, sendo as padeiras da localidade ancestrais depositárias das receitas artesanais de padas, folares, broa de milho ou de abóbora, que continuam a confecionar conforme lhes ensinaram as mães e as avós e cozem pela madrugada adentro.
A abertura oficial da Festa do Pão, com todas as padeiras e moagens participantes, realiza-se no dia 18 pelas 14:30, seguindo-se uma performance da banda de percussão de Vale de Ílhavo “Toca a Baldar”.
“Os Baldas” e “Os Cardadores” garantem o serviço de bar, com pão com chouriço ou bacalhau e na manhã de sábado há “Histórias Mal Cozinhadas”, por Cláudia Stattmiller, e no domingo uma visita interpretativa às Azenhas de Vale de Ílhavo, guiada pelo historiador e geólogo Paulo Morgado.
O Jardim Henriqueta Maia, além de animação de rua, recebe sábado “O Misterioso Caldeirão Musical”, um espetáculo de teatro físico musicado, com marionetas e, ao final da tarde, atua o Grupo Folclórico “O Arrais”.
No domingo, os cardadores do Vale de Ílhavo aparecem pelo Jardim com os seus saltos, corridas e brincadeiras, antecedendo os ”Crassh Recycled” que convertem baldes, capacetes e serrotes em instrumentos musicais.
A Festa do Pão encerra no dia 19, às 19:00, na Casa da Cultura de Ílhavo, com o espetáculo de comunidade “Nem só de pão”.