“Não vale a pena esconder, a lampreia vem de França”

A experimentar

A época é de lampreia, mas ela chega ao prato vinda de longe, admite Francisco Pinto, pescador e proprietário de um restaurante junto à barragem de Belver, no distrito de Santarém. Longe vão os tempos de fartura do apreciado peixe na região.

Há um mês que Francisco Pinto sai uma ou duas vezes por semana para pescar lampreia e volta com os baldes vazios. No restaurante familiar, que gere com a sogra e a mulher, em Ortiga, à beira da barragem de Belver, distrito de Santarém, a lampreia que se serve por estes dias é praticamente toda francesa. “60% da lampreia que usamos é de fora, de França. Lá se arranja uma ou outra da Figueira da Foz, aqui do Tejo pouquíssima coisa, meia dúzia delas”. E no seu barco ainda não apanhou nenhuma. “Ainda não me estreei”, diz, sorrindo, enquanto encolhe os ombros.

No restaurante A Lena, fundado pela sogra de Francisco há perto de 50 anos, a sala está cheia e fumega com os odores das travessas e das vozes de grupos de amigos do tacho. É quarta-feira e mesmo assim há peregrinação à lampreia. Num dos grupos estão clientes que ali vão desde o primeiro dia. Há décadas que não dispensam a lampreia confecionada pela Lena da Barragem, como também é conhecida. (…).

Continue a ler o artigo em Expresso.

Últimas