Ao cabo de mais um ano a provar vinhos portugueses, instala-se uma sensação de plenitude que nos traz conforto e, também, alguma perplexidade: como podem ser tantos, tão diversos, tão bons e, muitos deles, tão distintos, num país tão pequeno? Sem entrar em explicações, que são para especialistas, registam-se dois factos: a tradição milenar da vitivinicultura no atual território português e o seu património riquíssimo em conhecimentos e em castas, por exemplo; a dinâmica das novas gerações de produtores e enólogos que não param de criar, inovar e apresentar vinhos cada vez melhores. A diversidade é muito grande e a qualidade não tem parado de aumentar, eis o que penso, após as experiências do ano que findou. E a expectativa aumenta em relação a 2023!
Entre os escolhidos para a primeira edição deste ano está uma das maiores revelações do ano passado: Urtiga. É um tinto fenomenal do Douro, um novo topo de gama da Ramos Pinto que é também, desde já, um novo marco na produção de vinhos Douro.
Outro dos eleitos é o Vale dos Ares, de Miguel Queimado, enólogo que recuperou as vinhas e a quinta da família na sub-região de Monção e Melgaço para produzir vinhos premium da casta Alvarinho, só de uvas próprias. Em vésperas de Natal, lançou os Vale dos Ares Alvarinho Limited Edition 2020 – com estágio em madeira, robusto e complexo – e Vale dos Ares em Borras Finas 2020 – amadurecido em cuba, mais mineral e fresco. Ambos com caráter bem identificado com a casta e a região de onde provêm.
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