Margarita, Tequila Sunrise e outros cocktails de igual nomeada, constam entre os mais reconhecidos à escala global. Na sua base, a tequila, essa ainda grande desconhecida. Espirituoso com denominação de origem, presta-se a uma larga panóplia de momentos de consumo e pede para ser descoberto pelos apreciadores de ‘spirits’ de qualidade. Senhoras e senhores: tequila!
Uma das bebidas espirituosas mais reconhecidas à escala global, a tequila padece do severo desconhecimento quanto às suas origens, modos de produção e destilação, bem como à capacidade de se prestar à vasta arte da coquetelaria, dotando-a de uma versatilidade incomum, seja em estilos, seja em momentos de consumo – com os sacrossantos sal e limão, como base dos incontáveis cocktails ou mesmo pura, com ou sem gelo (já há até um copo oficial para tequila, elaborado pela Riedel!)
Registada em 1978, a Denominação de Origem Tequila constituiu um passo gigante na regulamentação e defesa da proteção, qualidade e identidade da bebida. Isto porque, para ser rotulada Tequila, deve ser produzida nos territórios mexicanos abrangidos pela D.O. (cerca de 11 milhões de hectares dos estados de Jalisco, Nayarit, Guanajuato, Michoacan e Tamaulipas) e seguir o método de produção oficial, conhecido pela apelativa designação de NOM-006-SCFI-2005.
A tequila é elaborada a partir da destilação da fruta conhecida como agave-azul, morfologicamente semelhante ao ananás, que tem terroir de eleição nos solos vulcânicos dos territórios abrangidos pela denominação. Tal como na uva para vinificação, também os fatores solo, clima e altitude influenciam a produção da fruta que dá origem à bebida e, bem assim, às características organoléticas da tequila. É referido que as agaves-azuis plantadas em zonas mais altas oferecem teor mais elevado de açúcares, enquanto as agaves das áreas inferiores oferecem características mais herbáceas à bebida.
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