Já foi um dos vinhos mais apreciados nas cortes europeias, mas quis a história que quase se extinguisse. Hoje, o vinho de Carcavelos, produzido na região vinícola mais pequena do país, está a ressurgir por vontade da autarquia e com o trabalho de Pedro Sá.
Distinguido como Enólogo de Vinhos Generosos do Ano 2022 (Prémios Grandes Escolhas), pelos vinhos do Villa Oeiras, Pedro Sá é incansável a promover este produto distinto. A “Evasões” falou com o enólogo durante o Enóphilo Wine Fest, que decorreu em novembro no Crowne Plaza, Porto.
O que se sabe sobre a história deste vinho?
Há referências que o datam do século XIV. No tempo do Marquês de Pombal [também Conde de Oeiras], tinha muita importância. Exportava-se imenso. Era reconhecida a sua qualidade nas diversas cortes europeias. Depois, a filoxera veio destruir toda aquela mancha de vinha. Já depois da filoxera, a região ficou muito reduzida devido à pressão imobiliária.
Quando é que a Câmara Municipal de Oeiras começou o projeto?
Nos anos 2000, a câmara plantou vinha. Na altura, existiam seis hectares e atualmente são 19 ou 20, plantados na quinta que pertenceu ao Marquês de Pombal e que é património camarário. Há outras quintas com dimensão muito pequena a produzir, mas a câmara é que é a grande impulsionadora, sem ela era impossível o vinho de Carcavelos ter ressurgido com tanta força.
Continue a ler este artigo em Evasões.