A greve dos trabalhadores das administrações portuárias deixa, pelo menos, oito navios de matérias-primas para a alimentação animal com atrasos na descarga ou por descarregar, em dezembro e janeiro. Os custos adicionais das empresas importadoras com a sobreestadia dos barcos podem atingir, até final do mês de dezembro, mais de 1 milhão de euros, valor que pode duplicar em janeiro.
A IACA – Associação Portuguesa dos Industriais de Alimentos Compostos para Animais está preocupada com a repercussão desses custos no preço das matérias-primas para a produção de rações de animais que dão origem a carne, peixe, leite e ovos.
Em Portugal as empresas produtoras de alimentos compostos para animais têm uma dependência de matérias-primas importadas de 80% e uma capacidade de armazenamento de cerca de 5 dias. Face aos mais de 10 dias de greve anunciados, a IACA estima que as empresas ficarão sem acesso a matérias-primas que garantam a continuidade da produção, situação que pode culminar na rutura de stocks a disponibilizar aos produtores pecuários e na degradação dos cereais e oleaginosas por adiamento dos seus descarregamentos.
Continue a ler o artigo em TecnoAlimentar.