Contextualização
Em todo o mundo, os consumidores estão preocupados com o estado do meio ambiente e a sua perceção afeta o seu processo de tomada de decisão no momento da compra – quase 60% dos consumidores da União Europeia (UE) consideraram o impacto ambiental mais importante do que a marca do produto (Mintel Group Ltd, 2022).
No entanto, com o aumento do custo de vida, muitos consumidores ficaram mais sensíveis aos preços, mas continuam a exigir a sustentabilidade dos produtos: 13% dos consumidores tenciona deixar de comprar as marcas que não tenham em consideração na sua agenda a proteção do ambiente e do planeta, apesar de 63% dizerem que o preço elevado os pode demover de comprar produtos sustentáveis (Ferreira, 2022).
Simultaneamente, com a evolução do mercado e das preferências do consumidor, surge a necessidade de cadeias de valor mais responsáveis e sustentáveis. O grande aumento populacional esperado até 2050, a escassez de alimentos e a subnutrição são preocupações atuais e têm levado à definição de estratégias e metas pela Comissão Europeia. O Pacto Ecológico Europeu prevê um plano de ação para impulsionar a utilização eficiente dos recursos através da transição para uma economia circular, restaurar a biodiversidade e reduzir a poluição.
A sustentabilidade em sistemas agroalimentares
A sustentabilidade consiste na procura de soluções que impactam positivamente em (pelo menos) um destes círculos: meio ambiente, sociedade ou economia. Atualmente, as empresas do setor agroalimentar devem incorporar, nos seus planos de sustentabilidade corporativa, ações alinhadas com as quatro grandes tendências:
- Sustentabilidade dos sistemas alimentares, com foco na gestão, digitalização e restauração dos recursos naturais de modo a mitigar as alterações climáticas, promover a circularidade e tornar a agricultura e as cadeias de valor ambientalmente saudáveis, socialmente responsáveis e economicamente viáveis (Figura 1).
Continue a ler o artigo em iAlimentar.