The Vine House – Quinta de São Luiz

A experimentar

Com mais de 200 anos, a Quinta de São Luiz já teve muitas vidas. Hoje é também casa do The Vine House, o mais recente hotel vínico do Douro

No alto da Quinta de São Luiz, quase a tocar as águas do Douro, está o The Vine House, uma casa com mais de 200 anos que passou pelas mãos de várias famílias, como Kopke e Barros.

Actualmente é propriedade da Sogevinus, uma empresa no mercado desde a década de 1990 e, actualmente, uma das maiores na produção e comércio de vinho do Porto e Douro.

Além da KOPKE, a Sogevinus é detentora de conhecidas marcas como Calém, Barros, Burmester e Quinta da Boavista.

O The Vine House tem 11 quartos, cheios de charme, espaçosos e rodeados de vinhas e rio. Vê-se o nascer e pôr do sol, sente-se o vento fresco dos socalcos, ouve-se as folhas das oliveiras nos intervalos da passagem do comboio.

É um lugar para ter os sentidos todos despertos, principalmente o paladar!

Durante o ano, o The Vine House não serve refeições, mas digo que o pequeno almoço já vale muito a pena! É tudo caseiro, compotas com fruta da quinta, sumo de laranja fresco e muito saboroso.

A Quinta de São Luiz é a casa dos vinhos de mesa com o mesmo nome e dos vinhos do Porto KOPKE – que se orgulha de ser a mais antiga marca de Vinho do Porto, desde 1638.

Mas a razão que me levou à Quinta de São Luiz foi na verdade, o lançamento dos vinhos Quinta de São Luiz Vinhas Velhas Grande Reserva Tinto 2018, Quinta de São Luiz Vinha Rumilã Grande Reserva Tinto 2017 e o Winemaker’s Collection Folgazão& Rabigato, o Grande Reserva Branco 2018

Dos três, devo confessar que encontrei dois favoritos:

Winemaker’s Collection Folgazão & Rabigato Grande Reserva Branco 2018 – um blend de Folgazão e Rabigato selecionado pelo enólogo, com uvas provenientes da sub-região Baixo-Corgo. Com aromas de fruta de caroço (alperce e ameixa branca) e uma madeira bem presente. É um vinho com volume de boca, textura aveludada mas com acidez e frescura.

Quinta de São Luiz Vinha Rumilã Grande Reserva Tinto 2017 – colheita manual, devido à característica ancestral da própria vinha. Um vinho muito elegante e versátil, que acompanha bem tanto pratos de peixe, carne e sobremesas. Aromas delicados de ervas aromáticas e frutos vermelhos. Na boca, tem alta acidez e notas mentoladas e taninos equilibrados, mas firmes.

Vinha da Rumilã é uma vinha centenária, cujos registos apontam para antes de 1930. Pouco produtiva e com uma diversidade enorme de castas, como é habitual em vinhas velhas do Douro.

É uma vinha muito acarinhada, não só pela sua idade, mas por ser uma vinha pequena – cerca de 1 hectare – cujas uvas são apenas usadas para vinhos DOC, onde se pode evidenciar mais as os seus aromas e sabores.

Estes e outros vinhos Quinta de São Luiz não podiam um ter tido melhor companhia para o jantar. A refeição foi preparada pelo Chef Óscar Geadas, transmontano de gema que deu a esta região a primeira estrela Michelin, com o seu restaurante G, em Bragança.

O desfile começou com três entradas supreendentes que anteciparam a qualidade o jantar que se seguia: éclair de alheira, maçã e hortelã; bola de Berlim, queijo terrincho e presunto; terrina de perdiz, cereja e batata.

Já à mesa, e a harmonizar com as novidades vínicas, o Chef Geadas serviu um Mil Folhas de Vieira com Panceta de Porco Bísaro, maçã de Carrazeda e coentros, Cuscos de Vinhais com Amêijoa, chouriço e pregado, Lombelo de porco bísaro com textura de couve-flor e para um final doce, Ananás dos Açores com mel do Montesinho.

quinta de são luiz
Cuscos de Vinhais com Amêijoa, chouriço e pregado

the vine hotel
Lombelo de porco bísaro com textura de couve-flor

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