Demorei mais de uma semana a visitar o novo-velho Mercado do Bolhão. Não por negligência calculada, mas apenas porque queria deixar passar a excitação desmedida do recomeço. Queria lá voltar quando a poeira da adrenalina mediática já tivesse pousado nos corrimões históricos por onde voltei a passear as palmas das mãos. Levei lá os meus filhos, porque a vaidade que um portuense está obrigado a sentir quando passa para lá daqueles enormes portões metálicos tem de ser tratada como uma espécie de herança forçada. O meu filho mais novo conhecera a versão antiga de olhos fechados, enquanto passeava num carrinho de bebé, há alguns anos, e a minha filha mais velha já quase não se lembrava de nada. Retinha na memória apenas a ideia de um espaço que suplicava por obras e que dava pena.
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