Uma tradição milenar, desenvolvida pelos romanos, e aprimorada na região de Vila de Frades e Vidigueira pelas ordens religiosas que ali habitavam, o Vinho de Talha entrou hoje no portfólio de produtores de vinho e modernizou-se entre as novas gerações de famílias que sempre o produziram para consumo próprio.
No dia de S. Martinho visitam-se as adegas e prova-se o vinho. Um ditado que até hoje continua a fazer parte da tradição em Vila de Frades, perto da Vidigueira, e em muitas outras pequenas povoações da região. É também aqui, bem no coração do Alentejo, que os romanos deixaram a sua marca. As talhas (ânforas de barro) com centenas de anos continuam a contar a história, que passa de geração em geração. Desde há dois mil anos produz-se na região um vinho natural, sem aditivos, cuja técnica foi, ao longo dos tempos, aprimorada pelas ordens religiosas, e depois por toda a população de Vila de Frades, hoje classificada como a “Capital do Vinho de Talha”.
Teresa Caeiro, 27 anos, nasceu entre talhas e o vinho produzido para consumo da família, desde há quatro gerações, na adega com 250 anos, cheia de talhas centenárias, adquirida pelo avô. “O vinho de talha sempre foi o meu dia-a-dia”, confessa a atual proprietária do projeto Gerações da Talha, criado há pouco mais de um ano.
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