Ementa cantada no Porto das Lãs

A experimentar

António Catarino

O rio Almansor, subafluente da margem esquerda do Tejo, atravessa o concelho de Montemor-o-Novo no trajeto de quase seis dezenas de quilómetros até desaguar no Sorraia.

Almansor foi uma figura grada do Al Andaluz. Político e militar proeminente do califado de Córdoba, desenvolveu várias ações na Península Ibérica e deu nome ao rio que, por estes dias, tem o caudal reduzido a um tímido fio de água.

No Porto das Lãs, nos arredores daquela cidade alentejana, a curta distância do convento de S. Domingos -que alberga o museu de arqueologia e etnologia -há um ancoradouro seguro para saborear petiscos e outros pitéus da cozinha regional.

O restaurante A Ribeira, na margem direita do rio, é um espaço simples: uma sala com decoração rústica e lareira e uma esplanada envidraçada, com vista privilegiada para os vinhedos da Quinta da Plansel.

Carlos Carriço, que há mais de duas décadas abandonou a Alemanha, onde mourejou anos a fio, é o anfitrião e artífice do sucesso alcançado pelo restaurante.

Senhor de uma alegria contagiante, muito dinâmico e bem humorado, anuncia a ementa … cantando!

Para tal, sobe a um plano mais elevado no centro da sala envidraçada e, ao ritmo de palmas cadenciadas, agita o corpo em curioso movimento dançante e canta o que pode sair da cozinha. O ritual é encenado várias vezes e já ganhou estatuto de atração da casa.

As tiras de choco frito, com batata frita e salada, fazem jus ao estatuto de especialidade. Pela qualidade da matéria-prima e fritura no ponto.

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