Tal como em acontecido um pouco por todo o país, o património genético das castas autóctones da Região dos Vinhos Verdes está também a ser recuperado, através da Estação Vitivinícola Amândio Galhano (EVAG), organismo da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV).
Amândio Galhano foi uma importante personalidade no mundo do vinho. Licenciou-se no Instituto de Agronomia de Lisboa, em 1932. Foi Director da Estação Agrária do Porto, Vice-Presidente da Comissão Técnica Permanente de Viticultura e Enologia e Director do Laboratório da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes. Exerceu, também funções de delegado permanente de Portugal junto da Organização Internacional do Vinho (OIV) e publicou diversos estudos sobre o vinho verde entre os quais «O Vinho Verde, uma Região Demarcada, uma Denominação de Origem», publicado em 1986. Segundo um estudo conduzido pela instituição batizada com o nome desta importante personalidade, o desaparecimento da pequena propriedade é a principal causa para a extinção da maior parte das castas autóctones da região. No entanto, fruto de um trabalho que tem vindo a ser desenvolvido ao nível da viticultura nos últimos anos, 14 castas exclusivas das nove sub-regiões dos Vinhos Verdes (Monção, Lima, Cávado, Ave, Basto, Amarante, Sousa, Paiva e Baião), encontram-se actualmente em plena produção, revelando já um elevado potencial enológico.


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