Procurar os melhores produtos, produtores e fornecedores e devolver o resultado a uma mesa contemporânea comprometida com o passado e história da ilha: a missão é de Vítor Sobral que abriu recentemente a Oficina da Esquina, em Angra do Heroísmo. Uma viagem pelos aromas, sabores e paisagens da Terceira, uma ilha que gosta de conviver e celebrar.
A nova aventura de Vítor Sobral na ilha Terceira chama-se Oficina da Esquina e fica no piso térreo do hotel The Shipyard, também inaugurado este ano. Ambos resultam de sonhos antigos que se concretizam, celebrando em simultâneo os encantos da ilha. É este o ponto de partida para descobrir a cidade Património Mundial da Unesco, das mercearias antigas ao mercado, e estrada fora, dos peixes abundantes ao verde e azul intensos com tantos motivos e locais para parar, mergulhar, caminhar e desfrutar.

Os melhores produtos, intervenção mínima
Há mais de 25 anos que o chef, proprietário de diversos restaurantes do lado de lá e cá do Atlântico, visita a terceira. Primeiro em trabalho, depois pela paixão que foi crescendo pela ilha, para férias e mergulhos na água temperada. O sonho de abrir um espaço onde pudesse trabalhar os abundantes produtos locais concretizou-se em 2021 com a abertura da Oficina da Esquina, onde ligação à terra é uma constante em todos os momentos da refeição. Os produtos da ilha, onde nos últimos 10 anos o chef vem “todos os anos, às vezes só para nadar (quando entrarem na água vão perceber)”, assegura, “são incríveis”. Do queijo fresco de cabra à manteiga de integra o couvert, da “carne boa” ao “peixe maravilhoso” também os enchidos, o tomate e a batata integram a lista de preferências, encimada pelos prediletos queijo e peixe.
À mesa desta Oficina, onde o trabalho da cozinha passa essencialmente por abrilhantar a qualidade natural dos ingredientes – quase na totalidade locais – não deixe de provar os fixos da carta, a que se somam variações ao sabor das estações e disponibilidade de que dependem as sugestões do dia. “Uma das características que imprimo aos meus restaurantes é a possibilidade de fazer uma refeição só de petiscos”, explica Vítor Sobral, igualmente recomendada.

Com pratos que mudam diariamente conforme os produtos mais frescos, um menu de almoço e uma carta local e sazonal ao jantar, há pratos que tem mesmo de provar nesta oficina, onde os ingredientes da serra e dos mar são cuidados com mestria.
Nos fixos, conte com Sopa de peixe do mar dos Açores (€4), a Língua de vaca com tomatada (€9); o Peixe marinado cítrico (€14); o Atum salteado (€12); o Tártaro de novilho (€15); o Carpaccio de novilho com legumes marinados (€16), e a Morcela e chouriça de peles com maçã (€9).
Nos principais há sempre Atum corado, batata doce, e molho de gengibre e coco (€17); Polvo no forno com batata e tomate assado (€17); Bochechas de porco com batatas de cheiro e puré de couve (€13); Joelho de porco, puré de batata e legumes salteados (€15) e a Vazia com molho de manteiga e mostarda (€16).
Consoante a disponibilidade, a sugestão do dia pode incluir Sandes de peixe espada (Fish and chips à maneira do chef), poderá ser brindado com a singularidades das Cracas, a deliciosa e fresca Barriga de cherne, os suculentos Pastéis de milho com atum ou uns Carapauzinhos (aqui conhecidos como chicharros) envolvidos em polme e na companhia de açorda de tomate.
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