Antes de cheirar e provar, é preciso escutar: numa casa a caminho de completar dois séculos de existência, são muitas as histórias que dão vida ao vinho. Algumas servidas à mesa, com todo o portefólio da casa disponível a copo.
É uma máquina extremamente simples. Porém, fascinante na sua simplicidade. Um depósito de chapa, uma torneira de saída e quatro bicas – eis a primeira linha de enchimento da José Maria da Fonseca. Esta peça datada da década de 1850 permitia encher 240 garrafas por hora, um volume diminuto face às 30 mil garrafas de capacidade actual, porém um salto de gigante face ao que havia até então.
A peça integra o acervo da Casa Museu, sala de visitas da José Maria da Fonseca, instalado na antiga residência do fundador, um matemático beirão que o acaso (ou melhor: um negócio do pai) levou a Azeitão em 1834. E ilustra o carácter revolucionário que este imprimiu à produção de vinho. “Ele trouxe o rigor matemático para a agricultura”, resume Sofia Soares Franco, responsável de enoturismo e sétima geração da família. “Foi o primeiro marketeer, quando não existia sequer o conceito de marketing”, continua. O seu olhar aponta para um armário de vidro, que guarda algumas das primeiras edições do tinto Periquita, reconhecido como uma das primeiras marcas de vinho em Portugal, senão mesmo a primeira, lançada em 1850.
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