Quatro enólogos de quatro regiões – Douro, Dão, Alentejo e Pico – antecipam a (boa) qualidade dos vinhos que vamos beber em breve (e nem tanto).
Logo a seguir ao feriado de agosto, dia 15, na herdade de Torre de Palma, perto de Portalegre, começou a vindima. Foram “cinco, seis dias” antes do habitual nas contas do enólogo da casa, Duarte de Deus, que fala ao DN numa pausa dos trabalhos. São sete hectares de videiras, “uma área pequena comparada com a média do Alentejo que é de 20 hectares por produtor”, mas com uma particularidade: “Estão divididos em sete castas”. A saber: Touriga Nacional, Tinta Miúda, Arinto, Antão Vaz, Aragonês, Alvarinho e Alicante Bouschet.
Se abriu os olhos perante a existência de alvarinho no Alto Alentejo não está sozinho. Duarte de Deus confirma que é a reação habitual. Mas resulta, e o enólogo explica:”É uma casta que está a mostrar a sua plasticidade. Está muito associada a vinhos verdes, mas que fora dessa região consegue mostrar um aroma varietal muito interessante. O que queremos fazer não é igual aos vinhos verdes, o clima e solo são diferentes”. Já foi colhida por esta altura, com mil cuidados – na apanha e na data – como ela exige.
Na sexta-feira, colhiam-se as uvas para uma das produções com mais fama da Torre de Palma, o Rosé, que à semelhança do que aconteceu este ano, deverá chegar ao mercado a tempo do Dia dos Namorados. As provas cegas em copos pretos têm matado quaisquer preconceitos que pudessem existir em relação a este vinho. “Cada vez mais em Portugal se estão a fazer rosés de qualidade”, assegura Duarte de Deus. “É muito associado ao verão, mas nós acabámos por lançar este rosé no dia dos namorados e acreditamos que têm lugar à mesa o ano todo”. Esgotou.
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