Na primeira vez que um técnico chegou ao pé dos trabalhadores a dizer que dos 10 cachos que havia na videira era preciso deitar 4 para o chão, ninguém acatou a ordem

Em crónica anterior falei numa prática vitícola hoje muito disseminada, embora também muito controversa. Trata-se da monda de cachos, quando se deixa na cepa apenas os que se entendem suficientes para gerar um vinho de mais concentração e riqueza e os outros são cortados. A prática — que tem lugar sobretudo nos anos de grande produção — tem, talvez, uns 30 anos, não mais, e foi de muito difícil aceitação por parte dos trabalhadores. Mesmo em propriedades famosas houve quase revolta. Lembro-me, quando visitei o Château Pétrus — propriedade bordalesa onde ‘nasce’ o tinto mais caro da região —, de ouvir a mesma história, contada pelo encarregado do château, um português já perto da reforma e que, de estar há tantos anos em França, já falava com a mulher, também portuguesa, em francês!
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