Desde os tempos dos pastéis de leite do célebre Livro de Cozinha da Infanta D. Maria que o pastel de nata não pára de crescer em popularidade e proficuidade. A invulgar sensibilidade do grande pasteleiro Nuno Gil tem pegado no pastel de forma original, aplicando-lhe técnica e criatividade. Criou o pastel de nata de maçã riscadinha de Palmela e agora que a época da dita já passou, pomos os olhos no de moscatel de Setúbal.
A Infanta D. Maria (1521-1577), filha de D. Duarte e neta de D. Manuel I não atingiu o grande propósito de ser rainha mas deixou um legado notável de sabores e receitas que hoje está incrustado no ADN da portugalidade. Não teríamos pastel de nata se os pastéis de leite que refere nos seus escritos não tivessem sido por si criados. A massa folhada é assunto mais recente, por isso nunca saberemos a configuração ancestral do nosso pastel. O creme sabemos bem que era e é uma custarda, ou creme de ovo, feita com farinha, açúcar, leite e ovos. A finalização e composição dependem muito de quem a faz, o que Nuno Gil, da Confeitaria São Julião, em Palmela, explora com particular sageza.
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