O Pátio das Cardosas é um refúgio no centro do Porto
No Palácio das Cardosas acaba de inaugurar uma esplanada que convida a petiscar ao som de música, à quinta, sexta, sábado e domingo.
A vontade já existia e a pandemia veio finalmente dar o empurrão que faltava para dar vida às traseiras do hotel InterContinental – Palácio das Cardosas, na Praça da Liberdade. O Pátio das Cardosas surgiu a meio do mês de julho e é um escape ao rebuliço da cidade, com vista para a praça. O piso relvado do lounge ajuda a desacelerar e as espreguiçadeiras em madeira convidam a finais de tarde relaxados, na companhia de uma carta de petiscos a preços apelativos. Todo o dia, na verdade, pode ser desfrutado no exterior, já que o menu executivo semanal do restaurante Astória, também é servido no pátio, assim como o Brunch & Bubbles, ao sábado e ao domingo, e a carta de jantar, todos os dias.

(Fotografia: DR)
Destaca-se a renovada carta com petiscos, na sua maioria, para comer à mão, sejam os torresmos de porco com ketchup de coentros, as costelinhas de porco, as tábuas, a petinga frita ou as ostras de Aveiro, com Tabasco e molho mignonette. Hà opções para apetites maiores como a club sandwich, o bagel de beterraba, com pickle de aipo, húmus e alface; o prego em bolo do caco; ou o hambúrguer da casa, com pão brioche e recheio à base de carne de vaca e maionese de fumo.

(Fotografia: DR)
A parceria desta verão com a francesa Moët & Chandon reflete-se na carta, com a presença de diversas referências da marca – entre elas, o recente champagne Ice Impérial, concebido especialmente para ser bebido com gelo sem perder o gás – e na sangria Moët & Chandon. Outras sugestões incluem vinho, cocktails e cerveja artesanal, para beber ao ritmo da música das sessões “After Work”, às quintas, ou das “Weekends Warm Up”, às sextas. Ao sábado há “Cardosas Beats” e ao domingo um “Holy DJ Set/Live Act” com artistas da cidade.
Bairro Alto Hotel: há novos sabores no restaurante mas a vista mantém-se ímpar
Com uma das vistas mais amplas em Lisboa, o BAHR acaba de reabrir portas, depois de meio ano fechado. No quinto piso do Bairro Alto Hotel, há nova carta para provar, criada a quatro mãos, pelos chefs Nuno Mendes e Bruno Rocha.
Por mais que se calcorreie a capital, esta continua a ser uma das mais bonitas e amplas vistas em Lisboa. No terraço do quinto piso do Bairro Alto Hotel – o cinco estrelas com década e meia que surgiu renovado e ampliado há dois anos – avista-se o Tejo e os seus cacilheiros, a Margem Sul e os telhados do casario dos bairros históricos em redor.
Uma esplanada assim pede uma cozinha à altura. Leia-se Nuno Mendes, o chef que levou uma estrela Michelin para duas das casas que abriu em Londres – o Mãos e o Viajante, este último apenas oito meses depois de inaugurar – e que assume a direção criativa deste BAHR, com Bruno Rocha como braço-direito. No interior ou no terraço do restaurante, agora reaberto, impera a cozinha contemporânea a quatro mãos, apurada nas memórias. É o caso do pica-pau de novilho em tártaro (12€), um dos reforços da nova carta pensada para os meses quentes, que recorda o chef dos finais de tarde pós-praia, ou da já conhecida tosta de percebes fumados (9€), o crustáceo que o faz lembrar da infância. “O marisco está incrível este ano. Já o ano passado estava, mas andámos a comê-lo em casa”, diz Mendes, entre risos.

O BAHR reabriu recentemente, depois de meio ano fechado.

O salmonete com escabeche de cerejas e acelgas.

A fresca salada de tomate, algas, sisho e amêndoa.
O vegetariano charuto Bulhão Pato de algas (6€); a tarte de atum à algarvia, com cebolada e massa folhada (8.50€); o salmonete marinado em citrinos e acompanhado com escabeche de cerejas e acelgas (17€); o tamboril com tosta de fígado do mesmo, caldo de açafrão e funcho, inspirado na clássica caldeirada (25€); o lombo de vaca maturada de cebolada (29€); e a farófia com folha de limoeiro e gema de ovo curada (7€) são outras novidades para provar ao jantar.
Durante o dia, funciona a carta de petiscos sem horários, comum ao terraço vizinho do sexto piso, onde cabem propostas como rissóis de camarão, empadas de frango em vinha d’alhos, húmus de ervilhas e menta, e artigos da pastelaria da casa, como pastéis de nata e jesuítas.

Os chefs Bruno Rocha e Nuno Mendes.

O tamboril numa tosta de fígado do mesmo e caldo de açafrão e funcho.

Há cocktails de autor para provar na esplanada do BAHR.