A Adega de Belém conseguiu alargar-se e num armazém deu para fazer tudo: ter cubas e barricas, ter um espaço para receber pessoas, vender vinho e dar provas, servir petiscos e ter um cão como companhia.
Não é habitual encontrarmos vinhas no interior das cidades. A cavalgada da construção toma conta de tudo e a ocupação de espaços vazios nunca aponta para a implantação de vinhas. Os casos excecionais são isso mesmo, ora com uma carga histórica forte — caso das vinhas de Carcavelos que já referimos há tempos nestas crónicas e que estão no meio do tecido urbano de Oeiras e Cascais —, ora com um carácter pedagógico, que é o caso das vinhas da Tapada da Ajuda e que servem de suporte para os estudos de viticultura e enologia do Instituto Superior de Agronomia (ISA). Lisboa já teve muitas vinhas, mas isso é história passada. Uma das últimas ficava na Quinta da Francelha, ali ao lado do aeroporto de Lisboa, mas os últimos vinhos que ali foram feitos remontam à década de 50 do século passado.
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