Monumentos com brunches, um festival de cinema, um menu só com tomate e exposições alternativas: eis o que fazer em Lisboa. Rumando ao norte, há vinho, novas esplanadas e novos menus para provar.
Exposição “Temple of Light”
Rua Fernando Palha 56, Lisboa. Terça a sábado 14h às 19h. Entrada livre.
Para atender à última chamada: termina já este sábado, 31 de julho, a exposição individual de Akacorleone — nome pelo qual se dá o artista Pedro Campiche — na Galeria Underdogs, em Marvila. “Temple Of Light” junta os conceitos e ideais de uma nova filosofia ao trabalho, nascida em plena pandemia, com vitral do artista multidisciplinar, criando uma exposição imersiva. Esta é também uma exposição que une várias mentes e interpretações criativas, que vão desde o livro impresso em risografia que acompanha a mostra, à banda sonora construída pelo coletivo Monster Jinx. Há ainda para ver peças em LED para simular sinais Néon, trabalhos em vinil e acrílico e ainda vídeo. Uma prova de que a arte de Akacorleone não é estanque nem limitada aos murais da cidade.

O artista começou durante a pandemia a trabalhar novos materiais que apresenta agora na exposição ©DR
Oven
Rua dos Fanqueiros, 232, Lisboa. 926 023 243. Terça a quinta e domingo 12h às 15h/18h às 23h, sexta e sábado 12h às 15h/ 18h às 24h.
Para levar o paladar até à Índia: os fãs de comida indiana e nepalesa podem celebrar a chegada de mais um restaurante desta categoria à cidade. Chama-se Oven e abriu na Baixa de Lisboa e o nome leva-nos de imediato para a peça central do espaço: o forno, ou melhor, o tandoor, feito em cobre e barro como manda a tradição indiana de há mais de cinco mil anos e que atinge temperaturas entre os 300 e os 400 graus. O nepalês Hari Chapagain é o chef ao comando das operações muito direcionadas para a base da comida tradicional indiana, com uma fusão de especiarias de ambos os países. É inevitável começar a refeição com o pão naan, passando pelo chicken tikka, o lamb chop ou o típico tandoori chicken. O chef destaca ainda um prato do seu país, o momo (conhecidos como dumplings), e também o goat curry ou o sekuwa, que são carnes marinadas e cozinhadas no forno. Para acompanhar a refeição, bebidas como a lassi (à base de iogurte), a nimbu paani, (limonada indiana) e a cerveja indiana, juntam-se aos vinhos portugueses.

O tandoor é o ex-libris da casa que permite cozinhar vários pratos da ementa como manda a tradição indiana ©DR
Monstra
Vários locais de Lisboa. Até 1 de Agosto. 3 euros – 4,50 euros.
Para voltar ao cinema: a Monstra – Festival de Animação de Lisboa já é um habitué na cidade e até domingo, 1 de agosto, há filmes para ver em catadupa numa edição que homenageia a Bélgica, entre curtas e longas metragens incluídas nas seis competições distintas, cheias de filmes, de arte e de animação, realizadas por pessoas de mais de uma centena de países. Isto para não falar na Monstrinha, com filmes para os mais novos. Na sexta, a Cinemateca recebe o clássico “Quando o Vento Sopra”, de 1986 (18h), e mais tarde, o Cinema São Jorge será cenário para as várias curtas do ClipAnim (20h). No sábado, 31, pode ser vista a longa-metragem de Raoul Servais, “Taxandria”, às 20h na Cinemateca. As manhãs e tardes de sábado e domingo, são dedicadas às curtas para pais e filhos no Auditório Carlos Paredes, no Museu de Etnologia, na Cinemateca Júnior e no Centro Cultural de Carnide — as sessões acontecem às 10h30, 15h e 16h. A programação completa pode ser consultada aqui.

“Quando o Vento Sopra” é um dos filmes que está no calendário desta edição da Monstra ©DR
“Tomate o dia todo” no Isco
Rua José d’Esaguy, 10D. Sexta a sábado 09h às 22h.
Para provar o que é da época: a ode ao tomate faz-se no Isco ou não estivéssemos nós no tempo desta fruta. “Tomate o dia todo” é o nome da iniciativa desta padaria de Alvalade que até sábado, 31, terá pratos “e outras coisas” tudo à base de tomates do Hortelão do Oeste, desde pão com tomate, gaspacho ou pizzas com a ajuda do napolitano Alfonso Fou Cantarelli. Será um menu vermelho sangue com cocktails de Cheila Tavares. As refeições podem ser apreciadas dentro do espaço ou na pequena esplanada virada para a rua que permite outras liberdade em tempos de restrições.

A padaria vai fazer uso dos tomates do Hortelão do Oeste para preparar uma ementa especial
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