A Quinta da Casa Amarela e a família Regueiro sabem bem como produzir vinho e receber visitantes no seu cantinho do Douro
A Quinta da Casa Amarela é na verdade uma quinta com duas casas, ambas com o mesmo nome, atravessada por uma estrada que, em tempos, era um dos caminhos de Santiago.
Nesta estrada corre o Rio Bom, cujas águas se acreditava terem propriedades medicinais e curativas para os peregrinos.
Sabe-se ainda que, no sec. XII, os Monges de Cister foram os primeiros a desenvolver e difundir a agricultura no Douro e que foi dali do Vale de Cambres que saiu no séc XVI o primeiro “vinho de embarque”, como se chamavam antigamente os Vinhos do Porto.

Quem me ensinou tudo isto foi Laura Regueiro, proprietária da quinta. Licenciada em História e ex-professora, esta senhora é também uma excelente contadora de estórias e uma apaixonada pelo Douro. Isso percebeu-se na forma como nos levou a passear por todos os recantos da Quinta da Casa Amarela.
A quinta pertence à família desde 1835 – desde os bisavós que eram também proprietários de outras quintas na região – mas só no final do séc. XIX é que começou a produzir vinho do Porto.
Inicialmente, toda a produção tinha como destino grandes casas produtoras de vinho no Douro como Cockburn’s, Symington e outras. Mas em 1986 deram o passo de criar marca e vender vinho por conta própria.
Nos primeiro anos dedicavam-se apenas ao vinho do Porto e em 2000 lançaram o primeiro DOC Douro. Cerca de cinco anos depois já vendiam mais vinhos DOC do que Portos!
Actualmente, têm 15 hectares de vinha plantados em redor das duas casas assim como oliveiras, pereiras, ameixieiras e outras árvores de frutos, estes apenas para consumo da casa.
Assim à primeira vista (ou leitura), a história da Quinta da Casa Amarela assemelha-se a muitas outras quintas no Douro: um projecto de vinhos familiar, de excelente qualidade e longa data.
Mas o que senti na Casa Amarela foi diferente!
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