A importância do sal na nossa alimentação é refletida na expressão “como a comida quer ao sal”– metáfora a que recorre a filha mais nova de um rei para expressar o amor que tem pelo seu pai no conto Leandro, rei da Helíria, de Alice Vieira.
Aliás, na história da alimentação, a utilização do deste mineral pelos humanos parece ser anterior à utilização do fogo na preparação culinária, reconhecida a sensação de prazer que lhe é atribuída.
O sal é um mineral composto por dois elementos – o sódio e o cloro, ambos nutrientes essenciais com funções importantes no equilíbrio hidroeletrolítico, sendo particularmente relevante o papel do sódio na regulação do volume de água corporal e do volume de sangue; é ainda essencial ao funcionamento das células nervosas e musculares.
Contudo, o excesso é prejudicial e comporta sérios riscos para a saúde decorrentes da retenção de líquidos e consequente aumento do volume, nomeadamente, sobrecarga no sistema circulatório e aumento da pressão sanguínea.
De entre doenças como a osteoporose, cancro do estômago, doenças renais, demência e excesso de peso, é a hipertensão arterial (HTA) a doença mais crítica e que, quando não devidamente controlada, pode levar a eventos como acidente vascular cerebral (AVC) ou enfarte do miocárdio.