Há uma parafernália tal de marcas e estilos no mercado que quase nos esquecemos daqueles a quem devemos a construção da própria história do vinho moderno em Portugal. Pioneiros, visionários, enólogos e empresários que sabe bem revisitar. Ao mesmo tempo, assistimos a uma atitude singular centrada no património clássico que de certa forma está a refundá-lo e a recondicioná-lo, numa abordagem de futuro alicerçado no passado. E surgem ofertas das casas mais clássicas que mostram em toada de novidade castas quase desconhecidas ou de que nos esquecemos. No fundo, todo um movimento que visa elevar o vinho português a novos patamares. A selecção que lhe propomos tem surpresas, novidade e sobretudo diversidade. Os tempos que temos vivido não têm sido os mais favoráveis, mas graças ao talento daqueles que continuam a viver intensamente o vinho dando tudo de que dispõem permanecemos no conforto da qualidade. Boas provas!
# Quinta do Côtto Grande Escolha Douro tinto 2017 (14%) | Montez Champalimaud
Classificação Evasões: 18
Touriga Nacional (62%) e Vinhas Velhas (38%). Uvas provenientes de três parcelas seleccionadas da quinta. Fermentação em inox, estágio de 15 meses em barricas de segundo e terceiro ano de carvalho francês. Nenhum alinhamento patrimonial duriense está completo sem esta grande marca, que hoje conhece o melhor tratamento enológico de sempre. Muito fino e elegante.
Preço: 55 euros
# Dona Maria Grande Reserva Alentejo tinto 2015 (14,5%) | Júlio Bastos
Classificação Evasões: 19
Alicante Bouschet, Touriga Nacional, Petit Verdot e Syrah. Fermentação em lagares de mármore, estágio de um ano em barricas novas de carvalho francês. Devemos a este produtor a coerência e resiliência que sabiamente a enologia
e o perfil reflectem. O Alicante Bouschet é particularmente expressivo, um dos porta-estandartes da casta. Força, tensão e rigor, próximo da perfeição.
Preço: 32 euros
# Redondo Alentejo tinto 2019 (14%) | Casa Relvas
Classificação Evasões: 17
Aragonez, Trincadeira e Castelão. No coração dos vinhedos DOC Redondo, sopé da Serra d’Ossa, terroir de altitudes pronunciadas, a conseguir frescura única, o produtor entendeu em boa hora homenagear a sua região com um vinho de talante clássico, evocativo dos tempos de outrora. Nasceu para a mesa petisqueira e gosta dos pratos de tacho da grande tradição portuguesa.
Preço: 9 euros
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