“Entra uma salada, umas ostras. Segue, um polvo, duas raias. Segue um baba e um tatin.” Depois disto quase de certeza que lhe estava a sair um “sim, chef”. Os pedidos são sempre uma das fases de maior pressão no “Hell’s Kitchen”. O ticket vem da sala e Ljubomir comunica-o à respetiva cozinha, azul ou vermelha, sempre à espera de uma resposta em uníssono.
O restaurante do programa não é aberto a todos. São convidados da produção e do chef que fazem parte do serviço, tudo para testar as qualidades dos aspirantes a cozinheiros. Não pode aparecer no programa e ver ao vivo toda aquela dinâmica, mas não significa que não possa provar os pratos.
No Bistro 100 Maneiras, no Chiado, em Lisboa, Ljubomir Stanisic tem no menu alguns pratos idênticos aos que serve na ementa de “Hell’s Kitchen”. O mais parecido, e comum nos dois cardápios, é a sobremesa, o crème brûlée. Nos primeiros episódios do programa foi possível ver como o doce era preparado pelos concorrentes. Têm acesso às fichas técnicas e a todos os passos que devem seguir, mas mesmo assim, a coisa não correu bem de início.
No segundo episódio do programa, transmitido a 21 de março, os participantes foram desafiados a cozinhar todos os pratos do menu numa hora. Cada um deles ficou com a responsabilidade de cozinhar uma opção. Terminado o tempo, Ljubomir pediu aos concorrentes para apresentarem o que preparam enquanto provava cada uma das iguarias.
Provava aquelas que não usava para dar lições aos concorrentes, como foi o caso do crème brûlée que verteu sobre a bancada. Não estava com a consistência desejada, era um facto. Este doce é cozido em banho maria no forno e qualquer entrada de água no interior das tigelas é meio caminho para a coisa não ser bem apresentada aos clientes no final da refeição.
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