Há 16 portugueses na corrida aos Óscares dos livros de cozinha

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Anualmente, os Gourmand World Cookbook Awards seleccionam livros de todo o mundo. Os vencedores serão conhecidos em Junho de 2021, em Paris. Por cá, já são conhecidos os eleitos nacionais.

Os livros têm em comum a cozinha e são muitas as categorias, assim como são muitos os concorrentes. Ao todo foram registadas 1288 entradas de 175 países e/ou regiões, mas nem todos chegaram à lista final dos melhores livros do ano nos Gourmand World Cookbook Awards 2020. Entre os portugueses foram seleccionados 16 que são considerados os vencedores nacionais.

Segundo Edouard Cointreau, presidente destes que são considerados uma espécie de Óscares dos livros de cozinha, este ano houve um aumento de cerca de 20% de entradas comparativamente a 2019. A actividade intensificou-se num ano atípico e em consequência da pandemia e do confinamento, escreve na apresentação da lista para os livros de comida e de bebida. Há mais publicações digitais, confirma.

E neste ano marcado pela pandemia, os prémios abriram uma nova categoria precisamente dedicada aos livros de combate à covid-19, são 15 os seleccionados, assim como outra categoria para os livros em formado PDF também sobre o mesmo assunto. É nesta categoria que Portugal aparece com um documento de 81 páginas, publicado pela DGS, chamado Manual de Interacção Alimentar e Nutricional na Covid-19.

Ao todo, os portugueses aparecem 16 vezes, em diferentes categorias. Entre as editoras portuguesas a Leya tem cinco livros nas listas finais, ou seja, cinco vencedores nacionais. Baunilha, Bolos ao Sabor das Estações, da food-stylist Patricia Nascimento, editado em Outubro pela Casa das Letras, concorre na categoria de Melhor Livro de Autor/Blogger. Desde 2009 que a autora alimenta o blogue Coco & Baunilha. Neste livro, a fotógrafa e pasteleira reúne 65 receitas que dividiu pelas estações do ano.

Ainda pelos doces, na categoria Temas/Sobremesas e Pastelaria a distinção recaiu sobre Doce e (mais) saudável, de Mafalda Agante, publicado pela Oficina do Livro, uma chancela da Leya. A autora estudou Jornalismo na Universidade de Coimbra e trabalhou em televisão antes de criar a marca Há alguém mais gulosa do que eu?, que tem uma aplicação para telemóvel, um blogue, livros de receitas, uma rubrica semanal na RFM, um canal no YouTube, uma empresa de consultoria gastronómica e catering. Na categoria Séries, o segundo volume do título de Cristina Castro, A Doçaria Portuguesa, da editora Ficta, foi o seleccionado.

Os livros portugueses pensados para as cozinhas vegetarianas, vegans e sustentáveis também foram seleccionados.

O artigo foi publicado originalmente em Público.

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